“Vivemos neste mundo em que coisas fáceis de ensinar e testar também se tornaram fáceis de digitalizar e automatizar, e onde a sociedade não recompensa mais os alunos apenas pelo que eles sabem – o Google sabe tudo – mas pelo que eles podem fazer com o que eles sabem.”
Esta frase faz parte do prefácio escrito por Andreas Schleicher, coordenador de avaliação na OCDE do relatorio TALIS – Teaching and Learning International Survey ou Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem, da OCDE, publicado em 2018. O documento mostra um retrato da atuação docente, em diversos países, inclusive o Brasil.
O relatório mostra a importância do papel do professor e o que se espera desse profissional, o que não é pouca coisa. Só pra apontarmos alguns elementos citados pelo autor do prefácio, o professor deve ter uma compreensão ampla e profunda do que ensina e a quem ensina, porque o que o professor sabe faz uma grande diferença no aprendizado dos alunos.
Isso envolve conhecimento profissional, conhecimento sobre uma disciplina, conhecimento sobre o currículo dessa disciplina e conhecimento sobre como os alunos aprendem nessa disciplina.
Além disso envolve conhecimento sobre a prática profissional – o professor deve saber criar um ambiente de aprendizagem que leva a bons resultados.
O professor deve ser investigador, e um constante aprendiz ao longo da vida para crescer em sua profissão. O que chama atenção no prefácio é que o autor diz que é improvável que os alunos se tornem aprendizes durante a vida se não veem esta postura por parte do professor.
Isso faz todo o sentido, não é mesmo? O quanto você imagina que sua profissão e a forma que a desenvolve influencia na vida do seu aluno?

Fonte:

TALIS 2018 Results (Volume I). Teachers and School Leaders as Lifelong Learners. OCDE. Disponível em: https://www.oecd.org/education/talis/talis-2018-results-volume-i-1d0bc92a-en.htm